quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Por que os bebês nascem roxinhos?


O nascimento é um momento muito aguardado pelos pais. Também é um momento em que mais se escutam histórias de coisas boas e outras nem tanto que só alimentam preocupações e angustias, principalmente para os pais de "primeira viagem". Conhecer as características dos recém-nascidos ajudará a entender que nem tudo o que parece errado durante o nascimento é motivo de preocupação. 

Bebê rosadinho ao nascer?


Nem sempre é possível ficar por dentro de tudo o que diz respeito ao bebê e ao momento do parto. Muitas vezes as pessoas tentam "adquirir" experiências através do que vêem em filmes e novelas. Acontece que nem sempre tem como apresentar na ficção o que ocorre na realidade. Imagina assistir o filme e no momento do nascimento mostrar aquele bebê roxinho? Muitos irão pensar que o mesmo sofreu para gravar aquelas cenas. Daí aparece então o bebê nascendo lindo e bem rosadinho. Então quando ocorre no nascimento de ver o bebê azulado, pode-se pensar então que algo ocorreu de errado, e assim temos então o mito difundido de que o parto ocorreu fora da hora, ou que o bebê não estava bem ou mesmo o bebê quase morreu pois já estava roxo!


Os mitos sobre como engravidar

Bebê nasce roxinho



A cor do bebê dentro do útero é azulada por estar num ambiente de baixa oxigenação, portanto é normal ter essa cor logo que nasce. A cor rosada será adquirida aos poucos após o bebê começar a usar seus pulmões. Mesmo bebês de afro-descendentes ficarão rosados, pois a cor rosa vem da circulação do sangue oxigenado. Dessa forma, ao ouvir algo como "o bebê passou da hora, tanto que nasceu roxo na cesárea", não ligue. Os novos protocolos de reanimação, já não consideram a cor rosa como item essencial para um bebê que acaba de nascer.

Entendendo o ambiente intrauterino


Para entender por que os bebês nascem roxinhos precisamos entender as condições intrauterinas nas quais o bebê ficou por toda a gestação. Ao contrário do que muitos pensam, a cor natural do bebê nesse ambiente é levemente arroxeada ou azulada pelo fato de que o útero é um local de baixa oxigenação. Lembre-se que todo o oxigênio necessário para o desenvolvimento do bebê é levado através do sangue que vem da placenta e transportado pelo cordão umbilical. Nessa fase, os pulmões do bebê ainda estão cheios de líquido amniótico, em um movimento que simula a respiração mas que, na verdade, não passa de um treinamento para depois que ele nascer.


Segundos após o nascimento, o líquido amniótico presente nos pulmões da criança é expelido e só aí se inicia a respiração propriamente dita. É o tão esperado momento do choro do recém-nascido, onde ele inala as primeiras golfadas de ar e passa a oxigenar o próprio sangue sozinho, fazendo com que a pele ganhe logo um tom rosado.

Logo o bebê estará rosado


Cada bebê tem características próprias, portando não se pode determinar quanto tempo leva para que o recém-nascido comece a ganhar o tom rosado. Manter a calma é importante nesse momento, sabendo que a cor roxa do recém-nascido não significa problemas de saúde ou sofrimento fetal.

O recém-nascido se desenvolveu em um ambiente aquecido a 37ºC. Então, nada mais natural que ao nascer e se deparar com um ambiente em geral mais frio, haja uma reação do organismo, onde os vasos sanguíneos estão mais dilatados, apresentando a coloração azulada ou roxeada. É possível que mesmo após as primeiras respirações, o bebê ainda apresente as mãozinhas e os pezinhos roxinhos e frios. Essa reação é chamada de Acrocianose trata-se da coloração azulada simétrica nos lábios, mãos e pés. É comum nos recém-nascidos, sendo mais visível nos períodos de choro, amamentação e exposição ao frio. É fisiológica, melhora com o aquecimento e não tem significado patológico.

A explosão de oxigênio na corrente sanguínea do recém-nascido, após a primeira respiração, é tão significativa que até mesmo bebês afrodescendentes ficam rosadinhos, mesmo que depois o tom de pele escureça. 

O mito da circular de cordão umbilical



O cordão umbilical é preenchido de uma geleia elástica que faz com que ele seja praticamente “incomprimível”, mantendo assim os vasos sanguíneos bem protegidos. Por isso que em situações normais, circulares de cordão (seja quantas forem), não tem significado!

Existem estudos como o "Nuchal cords are necklaces, not nooses", ou "Cordões umbilicais são colares, não forcas" que provam que as circulares de cordão, tão comuns nos recém-nascidos, não representam risco e não estão associadas à complicações no nascimento do bebê. Mesmo em partos normais é possível, com procedimentos simples e corriqueiros, reverter a volta de cordão durante o nascimento.

Conheça outras características dos recém-nascidos nesse post!








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