quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Os primeiros dias do bebê


Normalmente escrevo sobre assuntos voltados para as pré-mães. Contudo, hoje resolvi fazer uma homenagem as minhas amigas que já passaram dessa fase e que hoje vivenciam as delícias desafiadoras da maternidade. Para isso eu busquei algumas dicas pela internet e mesmo para quem ainda é pré-mãe vale a pena dar uma lida nas dicas e já ir se preparando para essa linda jornada!

A chegada ao lar



Nada se compara a chegar novamente em sua casa mas agora acompanhada da pessoa mais importante da sua vida. Você vira um verdadeiro vulcão de sentimentos em plena atividade. Esse momento trás a alegria de realizar um sonho e também as dúvidas e medos do que acontecerá daqui para frente. Tudo perfeitamente normal nesse momento. Os pais, principalmente os de primeira viagem, podem sentir o peso de cuidar de um ser tão pequeno e que depende exclusivamente deles para viver. E não pense que isso só ocorre com quem vive essa aventura pela primeira vez, pois ainda que não seja o primeiro filho, assim como cada gestação é única, cada filho é único e com o tempo os pais perceberam as suas individualidades.
O importante nesse momento é deixar que o coração guie seus passos. O instinto maternal e paternal não engana. Ainda que ajuda de outras pessoas e as informações facilmente adquiridas ajudem nessa etapa, nada melhor que viver a conexão que já existe entre você e seu bebê. 

O ambiente do bebê


Quando se pensa em bebê recém-nascido, muitas vezes imaginamos um cenário ideal para o mesmo, mas ocorre que em muitos casos o cenário vira irreal. Antes da chegada do bebê, mesmo com a gravidez em curso, imagino que ninguém vivia andando nas pontas dos pés, criando um ambiente silencioso, falando baixinho, evitando ligar a televisão ou o rádio. Tudo isso acontece depois que o novo morador adentra o lar. Mas ocorre que ele deve ser ambientado de acordo com a vida da família. Aos poucos deverá se acostumar aos barulhos normais da casa. Claro que se você ama ouvir o som alto, talvez para compartilhar com a vizinhança seu belo gosto musical não fará isso ao lado do berço da criança, mas poderá ouvir suas músicas preferidas numa altura que seja condizente com os ouvidos da criança. 

Devemos ter em mente que as atividades cotidianas da família não deve ser alterada radicalmente pela chegada do bebê mas apenas adaptada para não prejudicar a saúde dele. 

Muitas vezes o silêncio é mais aflitivo para o recém-nascido do que ouvir barulhos, isso tudo pois ele está habituado com um ambiente barulhento. Isso mesmo! Ele passou meses ouvindo o coração da mamãe, o funcionamento dos outros órgãos, o fluxo de sangue percorrendo as veias e artérias. Então alguns sons farão com que ele se sinta em casa. Inclusive, alguns aplicativos de celulares foram criados para ajudar a acalmar o baby. Eles emitem sons que fazem com que a criança relembre o útero materno. Aplicativos como Som do Útero (Android) e MagicSleep ou Sleep Baby (iOS) podem ser baixados gratuitamente no celular.


Desenvolvimento do bebê


A preocupação com o crescimento do bebê vão acompanhar muitos pais por um longo período. Muitos deles não conseguem se livrar dessa preocupação a vida toda. Saber de alguns marcos que fazem parte do desenvolvimento do bebê pode ajudar a tranquilizar um pouco a mamãe e o papai. 

No início deve-se apoiar bem a cabeça do bebê pela nuca para que não fique virada de forma a forçar a coluna. Com o tempo o bebê conseguirá segurar um pouco a cabeça. Os músculos do pescoço vão ficando mais fortes e o bebê aos poucos conseguirá mante-la elevada por breves períodos. É no primeiro mês que o bebê passa a entender que os braços e pernas fazem parte dele. Fazer brincadeiras com as mãozinhas e os pezinhos ajudam a estimular essa descoberta. 


O instinto de sugar do bebê está bem ativo e por isso ele tende a usar esse artifício para se acalmar. Talvez seja a hora de discutir o uso ou não da chupeta para ajudar nesse processo. Muitas mães preferem manter o bebê no seio para acalmar mas isso pode ser inviável para a mãe que trabalha ou aquela que precise de um tempo para descansar. Lembre-se que apesar de ser muitas vezes atacada pelos especialistas, a chupeta pode ajudar nos momentos que você não pode estar perto. Caso não queira utilizar a chupeta, o bebê pode encontrar o dedo para chupar e isso pode ser bem mais complicado de corrigir com o passar do tempo. 

A amamentação do bebê


É muito lindo vermos nos filmes e comerciais de tv, a conexão entre mãe e filho durante as mamadas. Imaginamos que essa é uma coisa tão fácil e natural e muitas mães se frustam ao perceber que nem sempre isso ocorre na vida real. Pois fique tranquila caso as dificuldades de amamentar seu filho apareceram. Existem vídeos e sites com imagens que ajudam nesse processo. Poderá haver um incomodo no início e isso pode significar que a posição do bebê ou a pegada na mama não esteja correta. Não tenha vergonha de buscar ajuda de uma pessoa mais experiente no assunto. Com o tempo você e seu filho encontrarão um jeito de vocês de viverem esse momento. 


Claro que se informar sobre a amamentação ajuda mas, às vezes, ter em mãos alguns produtos facilitam muito pois amenizam as dores e rachaduras que são comuns no começo. Um deles é o bico de silicone pois protege o seio e facilita a pega do bebê. As conchas de amamentação também protegem os seios e até ajudam a forma o bico seio, além de armazenar o leite que sai entre uma mamada e outra. Beber muita água também ajudará na produção do leite, por isso, tenha por perto garrafinhas de água para matar a sede mesmo durante a mamada do bebê. Manter uma postura adequada e confortável durante a mamada é importante, assim sendo, uma boa almofada de amamentação é muito útil para evitar dores nas costas. 

Lembre-se de descansar enquanto o bebê dorme. Aproveite o intervalo entre as mamadas para repor as energias. Muitas mães ficam muito cansadas pois fazem outras atividades enquanto o bebê dorme. Não deixe de pedir ajudar da família para esses momentos. Você não precisa ser uma super mulher para cuidar da sua família e não será menos mulher por descansar nos primeiros momentos do bebê em casa. Caso não sinta sono aproveite para tomar um bom banho ou se alimentar tranquilamente. Cuidar de você é tão importante quanto cuidar do bebê.

Conversando com o bebê


O bebê reconhece a voz da mãe desde os primeiros dias. Mas será com o passar do tempo que conseguirá demonstrar isso. Conversar com ele e retribuir os gritinhos e risadas é uma forma de estimular o desenvolvimento do bebê. Canções também são uma ótima forma de estimular seu filho. Ouvir a voz da mãe e do pai deixa o bebê mais calmo, então mesmo que esteja longe tente manter uma "conversa" animada com o baby para que ele se sinta seguro.


É importante ajudar no desenvolvimento sensorial do bebê. Durante o dia, poderá usar diferentes estímulos sonoros para ajudar a manter seu bebê ativo. Com o tempo você conseguirá distinguir quais sons são mais agradáveis ao seu filho e o que deixa ele mais calmo. Além, claro, de quanto mais ele está ativo durante o dia, mais calmo ele estará a noite! Mas é importante respeitar o sono do bebê enquanto ele não se acostuma com o horário da casa. Esfregar os olhos e bocejar indicam que a criança quer dormir. Ainda que esteja fora de casa, deixe que a rotina seja incluída aos poucos na vida do seu filho. Com o tempo ele saberá que quando é dia e quando é noite e que não deve trocar um pelo outro para a felicidade do papai e da mamãe rsrsrs. Aprenda a criar uma rotina de sono do bebê.

Os olhos e a visão do bebê


Na primeira semana em casa, a visão do bebê é embaçada. Imagina se você cresceu num ambiente escuro, levará um tempo para se adaptar. Dessa forma, o bebê logo que chega em casa só enxerga a uma distância de 45 cm, ou seja, a distância que ele vê o rosto da mãe durante a amamentação. Esse é o momento em que ele começa a memorizar seus traços e aprende a reconhecer a voz que tantas vezes conversou com ele enquanto ele vivia no útero. 



Aproveite as mamadas para estreitar os laços com seu bebê. Converse com ele e ajude com que ele perceba seu amor nesses momentos. O papai também pode falar com o bebê mais de pertinho e aproveitar ao máximo o crescimento do afeto do seu filho. 

Não precisa exagerar nos estímulos visuais. Muitos pais enchem o quarto da criança com brinquedos mas a verdade é que eles muitas vezes se divertem mais com objetos do dia-a-dia e não precisa gastar muito para isso. 

Os outros moradores da casa



Como vimos, com o passar do tempo o bebê irá se adaptar a rotina da casa. E isso inclui conviver com os animais que por acaso façam parte da família. Não há necessidade de excluir seu animalzinho do convívio com o bebê, apenas observar com muito cuidado as questões higiênicas. Nos primeiros meses, quando a imunidade do bebê está se aprimorando, o melhor é evitar que o quarto seja frequentado pelo pet. E também apenas após esse período é que a criança poderá ter contato mais direto com o bichinho. 

Os pais devem também observar se a criança teve alguma reação alérgica no contato com o animal, nesse caso, procurar ajuda médica imediata. 

O cuidado deve ser também no contato com outras crianças ou membros da família, pois o sistema imunológico está é imaturo, de forma que cuidados como lavar as mãos antes de ter contato com a criança é importante. Da mesma forma, nada de pessoas doentes próximas ao bebê. 

No primeiro mês o passeio com a criança não é proibido mas deve ser feito com cautela, evitando lugares com muitas pessoas ou ambientes em que haja maior probabilidade de pegar uma gripe ou outra doença. 

A moleira do bebê


Essa é uma parte muito sensível da criança e costuma despertar muito receio dos pais quanto aos cuidados. A moleira ou fontanela é a parte molinha da cabeça do bebê. Ela fica no alto da cabeça, uma área muito sensível pois o crânio ainda não fechou completamente. Deve ser tocada com muito cuidado e pode pentear os cabelas nessa região normalmente apenas cuidando para não apertar. Também não se assuste ao ver a mesma pulsando pois isso pode ocorrer e é normal. Por volta do 15º mês ela se fecha totalmente.


Lidando com o choro 


Não é fácil lidar com o choro do bebê, principalmente pois costumamos a lidar com eles como reprovação aos nossos atos. Mas a verdade é que temos que exercitar a paciência (isso já se aprende durante a fase de tentante né? ou não?). No início da vida, a criança só sabe se comunicar através do choro. Geralmente, ele indica que a criança está com fome, desconfortável (com xixi, cocô ou frio/calor) ou insegura. 


Nada como a prática para saber lidar com todas as situações que vão aparecendo. Muitos profissionais irão dizer que se o bebê não tá sujo ou com fome, o melhor é deixar que se acalme sozinho. Eu não sei como irei agir quanto a isso. Mas no momento, o que imagino é que, da mesma forma que estou me acostumando ao bebê, ele também está se adaptando a essa nova fase. Como ele irá saber que um lugar silencioso (diferente do útero) é seguro? Até que isso ocorra sou a favor de que a mãe esteja disponível para mostrar ao bebê que está tudo bem. Com o tempo o bebê saberá lidar com as novidades e então não precisar usar o choro para alertar aos pais suas necessidades. 



Aproveite cada momento do bebê, deixe que seu coração diga qual a melhor atitude para sua relação familiar. O tempo passa e você estará mais feliz por não se cobrar demais quanto as necessidades do seu filho. Saberá que assim como ele está aprendendo como é o mundo, você está aprendendo como é seu filho. Evite comparar o desenvolvimento do seu filho com outras crianças. Apesar de haver marcos que determinam o crescimento infantil, cada criança é única e tem seu tempo para aprender. Use seu coração como arma para saber se há algo de errado acontecendo. Caso sinta necessidade, procure ajuda médica. Ainda que muitos digam que não há com que se preocupar, procure outras opiniões se ainda estiver preocupada. Não se cobre demais pois a relação entre vocês deve ser única sem que ninguém diga como deve ser. E se houver erros a serem cometidos isso tudo ocorre pois ninguém é perfeito.

Ainda não vivi nada do que escrevi aqui mas espero muito ansiosa por esse momento. E então? Esse texto fez algum sentido pra você? Tem outras dicas para as pré-mães e mamães? Deixe seu comentário a respeito. Até a próxima.

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