quarta-feira, 3 de maio de 2017

A Cafeína na Gravidez


Durante a gravidez é comum aumentar os cuidados com a alimentação e com a saúde da mãe e do bebê. Assim como é comum ter dúvidas quanto ao que pode ou não ser consumido durante a gestação. E muitas vezes nem sempre é fácil de tirar essas dúvidas já que uma hora algo faz mal, noutra um estudo comprova que faz bem ou não afeta como se pensava. Dentre as dúvidas, está o consumo ou não de café pela gestante. Afinal, café faz mal ou não para o bebê?

Entendendo a ação da cafeína


Uma das substâncias que mais se consome no mundo, inclusive pelas gestantes, é a cafeína. A cafeína não é encontrada apenas no café, mas também nos refrigerantes de cola, nos chás, chocolates e algumas medicações.

O organismo leva de 4 a 6 horas após o consumo da cafeína para metabolizar a substância, ou seja, leva quase 6 horas para eliminar o seu efeito no corpo. No entanto, a mulher grávida demora muito mais tempo para fazer o mesmo, cerca de 18 horas para conseguir metabolizar a cafeína.

Durante a gravidez, após a ingestão e absorção, a cafeína atravessa a barreira placentária com facilidade. Isso ocorre pois a placenta e o feto não possuem a principal enzima que é responsável por metabolizar esse composto. Dessa forma, existe uma exposição maior ao acumulo de cafeína nos tecidos fetais. 

Riscos do consumo da cafeína


Segundo especialistas, o consumo excessivo pode afetar o crescimento do bebê, o desenvolvimento das células fetais e podem alterar seu fluxo de oxigênio e sangue, podendo fazer com que o bebê nasça com alguma anormalidade.

Há estudos que sugerem que o consumo elevado de cafeína durante  a gravidez pode aumentar em duas vezes o risco de aborto espontâneo, parto prematuro, retardo  de crescimento intra-uterino do feto, bebês com baixo peso, a cafeína não é recomendado para  mulheres que estão grávidas.

A gestante deve parar de consumir cafeína?


Na verdade, o fato de que uma mulher grávida tem tomado uma ou duas xícaras de café por dia, não  significa que seu bebê terá problemas. Não há necessidade de levar tudo tão a sério. A cafeína  em pequenas quantidades não vai trazer problemas para a gravidez, nem para o  desenvolvimento do bebê. Uma mulher grávida pode consumir até 300 mg de cafeína por dia, o  que corresponderia a quatro xícaras de café instantâneo ou três de café puro, ou seis xícaras de  chá ou oito latas de refrigerante, ou 400 gramas de chocolate. No entanto, se uma mulher  consome cafeína  você deve discutir com seu médico para saber a sua opinião.
A cafeína age como um estimulante para o nível central. O primeiro sinal de toxicidade é a  sonolência. Em maior consumo, irritabilidade, stress, dores de cabeça, gastrite e anormalidades cardíacas ocorrer. No entanto, para que isso aconteça a mãe teria que consumir muita cafeína.

Moderando o consumo


Caso a gestante não consiga ficar sem seu cafezinho, o melhor é diminuir seu consumo, trocando a cafeína por chás como o de camomila ou de menta que não contém a substância. 

Quem ainda não está grávida mas já está preocupada com esse assunto, a indicação é diminuir o consumo da cafeína antes mesmo de engravidar para não sofrer depois e para que seu organismo se habitue com a menor quantidade.
Agora se a gestante decidiu que o melhor é esquecer o café pelo menos até o bebê nascer, vá diminuindo o consumo ao poucos para evitar sinais de abstinência, como cansaço e dores de cabeça. 

O consumo de cafeína deverá ser limitado também quando a mãe está amamentando, porque pode passar ao bebê. Nesse caso, a mãe deverá substituir a cafeína por água, sucos naturais de fruta e leite. 

Quantidade de cafeína em alguns alimentos e bebidas



Consumir cafeína é bem mais fácil do que parece por ser um ingrediente super comum em uma série de alimentos e bebidas.

Confira a seguir um guia básico de dosagens presentes em produtos comumente encontrados nas prateleiras das nossas casas (lembrando que a quantidade de cafeína muda muito conforme se faz um café mais forte ou fraco, e dependendo da marca e do lugar, em especial no caso do café expresso): 

1 xícara (50 ml) de cafezinho coado = 25 mg a 50 mg
1 xícara (50 ml) de cafezinho expresso = 50 mg a 80 mg
1 xícara (80 ml) de café instantâneo = 60 mg a 70 mg
1 xícara (80 ml) de capuccino = 80 mg a 100 mg
1 xícara grande (180 ml) de chá preto ou mate coado = 30 mg a 100 mg
1 lata de 300 ml de refrigerante à base de cola = 30 mg a 60 mg
1 lata de 250 ml de bebida energética = 80 mg
1 barra de 60 g de chocolate ao leite = até 50 mg

Com a ajuda das medidas acima dá para ver como somando apenas duas xícaras de café, uma latinha de refrigerante e um tablete de chocolate já é possível ultrapassar a dose máxima recomendada por dia.

Para reduzir o consumo procure bebidas alternativas às com cafeína: em vez de um refrigerante a base de cola, você pode tomar uma água com gás com rodelas de limão, por exemplo. Chás de ervas como camomila, erva doce e erva cidreira não contêm cafeína. 

Até a próxima!

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