quarta-feira, 31 de maio de 2017

Ultrassom morfológico


Durante o pré-natal a gestante deve realizar vários exames de ultrassom para acompanhar o desenvolvimento do bebê. Dentre esses exames, há dois que servem para determinar a morfologia do bebê. O primeiro ultrassom morfológico também é conhecido como exame de Translucência Nucal, deve ser realizado entre 11 a 14 semanas de gestação e o segundo ultrassom morfológico será melhor explicado agora:

O que é ultrassom morfológico?


O ultrassom morfológico ou ultrassonografia morfológica, é um exame de imagem que permite visualizar o bebê dentro do útero, facilitando a identificação de algumas doenças ou malformações como Síndrome de Down ou cardiopatias congênitas, por exemplo.

O que pode ser identificado através do ultrassom morfológico?


  • Idade gestacional do bebê.
  • Tamanho do bebê, através da medida da cabeça, tórax, abdômen e do fêmur.
  • Crescimento e desenvolvimento do bebê.
  • Batimentos cardíacos do bebê.
  • Localização da placenta.
  • Anormalidades no bebê e possíveis doenças ou malformações.
  • Sexo do bebê (se a posição do bebê permitir!)


Como é feito o exame?


O ultrassom morfológico é realizado da mesma forma que os demais exames ultrassonográficos, por isso não existe a necessidade de se assustar com o procedimento. O profissional irá aplicar o gel normalmente na região abdominal e por meio de um transdutor acoplado à máquina de ultrassom irá visualizar com mais precisão as informações necessárias. Geralmente, a descoberta do sexo do bebê é realizada por volta dos 4 meses de gestação (ao redor de 16 semanas) no US obstétrico,  mas caso não tenha sido possível confirmar o sexo fetal nesse ultrassom, o US morfológico consegue firmar esse diagnóstico.


Vídeo de Exame Morfológico:





É importante ressaltar que a clínica de ginecologia deve fornecer todo o suporte para a gestante, explicando o procedimento e quais são as possíveis alterações identificáveis durante o exame.

Avaliação das estruturas fetais



Apenas um especialista em desenvolvimento fetal deve realizar o exame e também o feto deve estar em um posicionamento adequado. É um exame difícil e depende da "colaboração" do bebê, pois caso ele esteja em um mau posicionamento ou tenha algum fator externo que prejudique como, por exemplo, obesidade materna, o exame será tecnicamente mais difícil. A seguir as estruturas fetais avaliadas:

Anatomia fetal: crânio, cérebro, face (incluindo avaliação de perfil e dos lábios superiores – para descartar quadros de fenda palatina), coração, tórax (incluindo avaliação do diafragma), abdome (incluindo avaliação dos rins, bexiga e estômago), coluna vertebral, costelas, mãos e pés.

Biometria fetal: diâmetro biparietal, diâmetro occipto-frontal, circunferência abdominal, medida do fêmur, medida do úmero e distância biocular.

Batimento cardíaco fetal e ritmo: o batimento cardíaco fetal pode variar entre 120 a 160 batimentos por minuto. Seu ritmo deve ser avaliado de forma minuciosa.

Número de fetos: para as pacientes que não realizaram ultrassonografia precoce, essa pode ser a primeira oportunidade em diagnosticar gestações múltiplas.

Posição da placenta: a ultrassonografia deve avaliar a posição da placenta em relação ao orifício interno do colo uterino. Caso o segmento inferior da placenta esteja próximo ao colo do útero, ela é chamada de placenta de inserção baixa, existindo um risco de evoluir para placenta prévia conforme o decorrer da gestação.Cerca de 2-3% das gestações apresentam placenta de inserção baixa durante o 2° trimestre gestacional. Conforme ocorre o crescimento do útero com o decorrer da gestação, a placenta geralmente sobe e se distância do orifício interno do colo uterino. Isso significa que a maioria das placentas de inserção baixa tende a se resolver durante o 3° trimestre gestacional sem complicações ou intervenções necessárias.O médico deverá reavaliar o posicionamento da placenta no terceiro trimestre (entre 32-34 semanas) caso tenha alguma preocupação com a persistência da inserção placentária baixa.


Índice de líquido amniótico: o volume do líquido amniótico durante o 2° trimestre gestacional é avaliado de forma subjetiva, ao contrário do 3° trimestre em que são medidos os maiores bolsões verticais de líquido amniótico nos quatro principais quadrantes do abdômen materno.

Medida do colo uterino: é extremamente importante caso a paciente tenha histórico de parto prematuro, sangramento vaginal ou cólica abdominal. A medida do colo uterino não é tão importante durante o período a termo da gestação.

Avaliação uterina: sempre deve ser avaliado à procura de miomas uterinos. Caso eles estejam presentes, devem ser avaliados com relação a sua localização e ao seu tamanho. A maioria dos miomas uterinos não causa alteração durante a gravidez.

Quando deve ser feito o exame?


Geralmente esse exame é feito entre as 18 e as 24 semanas de gestação e, por isso, além de identificar malformações no feto, em alguns casos, também pode indicar o sexo do bebê. O exame também pode ser feita no terceiro trimestre, entre as 33 e as 34 semanas de gestação, no caso da gestante que não fez este exame no primeiro ou segundo trimestre de gestação, quando há uma suspeita de malformação do bebê ou se a grávida desenvolveu uma infecção na gravidez que possa prejudicar o desenvolvimento do bebê.


Quanto custa esse exame?


O preço do ultrassom morfológico varia de acordo com a região e também com a clínica selecionada. Alguns lugares podem trabalhar com os chamados "preços populares" onde há um desconto maior para a realização do exame. Normalmente custa entre 100 e 200 reais.

Posso comparar o resultado com outras mães?


Comparar os resultados do exame morfológico servirá apenas para deixar a gestante aflita e muitas vezes sem motivo. Cada gestação tem uma variação considerada normal dependendo de fatores como idade gestacional, características genéticas dos pais ou mesmo o desenvolvimento do bebê que pode variar de uma criança para outra, ainda que sejam dos mesmos pais. 

É importante que a gestante faça o exame morfológico para que, caso seja necessário, adotar a realização de tratamento precoce, quando este for disponível. Quanto mais precoce for realizado o diagnóstico, mais efetivo será o tratamento.

Fonte: bedmed


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